Projeto de Lei sobre o “Dia da Diversidade Sexual” é rejeitado por cinco vereadores na Câmara Municipal
Pelo resultado de 5x 4 a Câmara de São Roque rejeitou o Projeto de Lei apresentado pelos Vereadores Julio Mariano e Rafael Marreiro sobre a instituição do “Dia da Diversidade Sexual” em nosso Município. O Projeto que tinha a intenção de, no dia instituído, por meio de discussões, palestras e atividades diversi-ficadas prestar esclarecimento e conscientização acerca do tema, além de colocar em discussão temas ligados a saúde, prevenção, direitos civis, discriminação, e a própria manifestação popular, acabou tendo que esperar uma próxima oportunidade.Tratava-se e de um Projeto polêmico, mas que não traria mal nenhum para a comunidade, pelo contrário, do ponto de vista democrático, seria um marco muito importante para São Roque, apontando o respeito que temos pelas diferenças.Em edição do último domingo, dia 28, o Jornal “Bom Dia”, do Grupo TV TEM, divulgou uma pequena pesquisa feita junto à população são-roquense, questionando se o Projeto deveria ser aprovado ou não. Os resultados apontaram que das 41 pessoas entrevistadas, 1 considerava indiferente ao Projeto, 10 eram contrárias e 30 delas, favoráveis. Sendo assim, teoricamente o resultado da Câmara não expressou a vontade popular. A não aprovação do Projeto se deu ao fato de os Vereadores Toco e Tio Milton entenderem que o projeto tinha a única intenção de criar uma Parada Gay no Município. Passaram então a exercer uma articulação “estratégica” diante dos Vereadores ditos como da “situação”. Apoiados pelos representantes Evangélicos que possuem uma visão diferenciada sobre o assunto e fortalecidos pelas suas presenças no dia da votação, acabou sendo fundamental na decisão dos Vereadores. Com um placar apertado, a Câmara preferiu contrariar as orientações do Governo Federal que institui o Programa “Brasil sem Homofobia”, que é o ódio, a aversão ou discriminação por homossexuais, e as orientações Estaduais cujo Governador José Serra recentemente criou uma Secretaria para dar suporte às políticas da Diversidade Sexual no Estado de São Paulo. Fui criado dentro de uma fé católica pelos meus pais, sempre tentando me enquadrar em uma postura de vida que a Igreja considera exemplar e normal. Porem a vida me ensinou que mesmo a Bíblia possui varias interpretações, haja visto a quantidade de religiões que existem. Não condeno a postura de ninguém, porem, é preocupante quando certas posições são tomadas e não se abrem para o dialogo. Entendo que algo precisa ser feito com relação ao preconceito que assola aos grupos GLBT´S. Não sou Vereador de uma só Igreja, de uma só Associação, nem mesmo de um só Bairro. Entendo que fui eleito para defender os interesses dos são-roquenses e as vezes não dá para agradar a todos.
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